O que eu sempre digo é que se não tivesse a família que tive, talvez não conseguisse ir. O amor, a confiança, o senso de justiça, é tudo isso que me empurra para frente ao mesmo tempo em que me mantém nutrida, não importa onde eu esteja. O vínculo afetivo não deve enfraquecer com a distância, se assim fosse, deixaríamos de amar nossos entes que já faleceram?!
É claro que as relações precisam ser alimentadas, mas hoje não há mais desculpas para não fazê-lo. Não é só pelo correio que podemos nos fazer presentes, hoje a tecnologia nos permite conversar em tempo real, como se a pessoa estivesse na nossa própria sala. Fora o nextel, o celular etc.
Abraço vai fazer falta? Vai. O toque, o carinho, coisas que a gente está tão acostumado a receber de qualquer colega no Brasil, não são tão comuns assim nas terras do norte. Mas tem quem os distribua, se procurarmos com carinho. O que não podemos confundir é carência com falta de amor. Aliás, este é um dos grandes perigos de boa parte dos relacionamentos!
No mais, não estou dizendo que não preferiria que a minha família inteira estivesse lá, pertinho, mas a escolha de imigrar foi minha e não deles. E ninguém disse que foi uma escolha fácil. Mas quem sabe me sacrificando neste momento, eu consiga abrir caminho para as próximas gerações?
A minha família também vai crescer um dia (espero!) e eu quero que eles sintam orgulho desta decisão, que reconheçam que boa parte desta escolha foi pensando em lhes oferecer o melhor que eu consegui enxergar no mundo. Assim como meus pais fizeram por mim, quando foi a vez deles escolherem.
E vai chegar um dia em que eu espero estar no papel dessa mãe. Uma mãe generosa o bastante para oferecer raízes (culturais, humanas, afetivas) ao mesmo tempo em que ajuda seus filhos a criarem asas fortes, capazes de sustentar as suas decisões, mesmo que um dia a própria travessia lhes exija voar para longe de mim.
Não dê trela para esse tipo de comentário, não é bom para você, e nem é a realidade!
ResponderExcluirClaro que pode ser difícil, essa separação física, mas se você otimizar torna-se pior.
Quem ama dá liberdade, e não prende ninguém!
Hoje acho que falo mais com minha mãe, por voip lógico, do que quando estava no Brasil.
Primeiro porque ela quer falar por esse meio, antes não, e assim não perdemos contato e as novidades.
A adaptação é algo fundamental, sempre!
Obrigada pela força... pois é, também tive essa experiência. O ano que morei em Montreal falei mais com a minha mãe pelo skype, do que falava quando morava aqui. Às vezes, a gente tem a ilusão de que por estar perto, dá pra ir ver qualquer hora, e nunca acaba indo, né?!
ExcluirBeijão!
Sobre essa questão de criar filhos longe, eu tenho uma opnião bem simples... Ninguém vai pagar pelo colégio, plano de saúde, atividades esportivas, escola de inglês... do seu filho. Então quem tem que decidir o que é melhor pra você é você mesma.
ResponderExcluirNo final do mês o boleto vai pra que endereço? (forma capitalista de ver que filho requer responsabilidades)
É o que eu sempre digo, até na hora de dar conselho para os outros as pessoas são parciais e acabam sempre olhando a saudade que vão sentir e não o bem que fará para o outro.
Bola pra frente cada um sabe o que é melhor para si.
Acho que você tem razão, além de toda essa questão "emocional" que eu tratei acima, tem mesmo a questão prática, que é um argumento bem menos subjetivo. Os preços para uma boa educação e um plano de saúde razoável estão cada vez mais absurdos por aqui. E na hora do "vamos ver" é cada um por si! Bem lembrado...
ExcluirAbração!
Concordo com tudo, adoro a maneira como vc escreve!
ResponderExcluirUm grande abraço!!!!!
Oi turma! A recíproca é verdadeira!!!
ExcluirAbração pra vocês! ;)
Oi!
ResponderExcluirSó descobri seu blog agora mas acredito que passarei um bom tempo por aqui lendo-o.
Adorei seu texto. Sábias palavras.
Abraços
Oi Camila!
ExcluirQue bom que gostou... também adoro seu blog! Já sou sua seguidora pelo bloglovin faz um tempinho ;)
Bisous!