Páginas

domingo, 24 de outubro de 2010

Ausência assimilada

“Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.”

É isso. A ausência não é falta. A falta nos come vivos. A ausência, por mais paradoxal que pareça, nos preenche.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...