Cheguei há cinco dias.
No primeiro, fiquei desorientada. Não sabia se acomodava as roupas no novo quarto, se comia, se dormia ou se aproveitava para conhecer a vizinhança antes de escurecer. Acabei fazendo um pouco de cada, e nada direito. E antes de matar a minha própria curiosidade, entrei na internet para matar a curiosidade dos mais próximos, que já estavam agoniados com a minha demora.
No segundo dia, fui conhecer a cidade. Tomei um banho demorado e fui para downtown. A roupa aguentou o frio (camiseta de algodão, cacharrel de lã, blusa térmica e casaco, acompanhados de um jeans com meia fio 110, gorro, luvas e cachecol). Acho que exagerei, nem era inverno ainda. O sufoco é que depois de entrar no ônibus quente, no metrô quente, na lojinha quente, na escola quente... dá uma vontade danada de sentir o friozinho de novo.
O frio daqui é um frio que vicia, dá uma sensação de limpeza e liberdade, que o calor não dá. É um frio bom sentir, diferente do frio que te derruba no Brasil, que não te deixa sair debaixo das cobertas...
Aproveitei pra visitar a escola de francês, o YMCA, e descobri que mais parece um clube, com direito a cheirinho de Fórmula e tudo mais. Também troquei uns dólares no Bureau de Change e almocei no Anton e James, um restaurante muito agradável, com um som legal de fundo, que fez com que me sentisse em NY.
Mais tarde, olhei as vitrines da rua Ste-Catherine (a Robson de Montreal) e jantei com a Cris, que conheci no avião. Fomos ao La Medusa, um italiano com péssimo serviço e comida mais ou menos. Não fosse por um senhor muito simpático que se sentou na mesa ao lado, a noite teria sido um fiasco. Ele nos disse que aquele era o restaurante favorito da Celine Dion (se for, ela precisa conhecer a Pasquale).
No terceiro dia, fui conhecer a região que mais me agradou no vídeo espetacular do tourisme-montreal, o Vieux Port. A visita só confirmou minhs expectativas: o bairro é lindo (eu conto mais em outro post) e o frio é de lascar!
Foi então que decidi comprar a jaqueta de inverno (queria comprar uma 80% duvet, como os brasileiros recomendaram, mas não resisti a uma weekend sale da Sears!). No quarto dia acabei comprando na loja do Carrefour Angrignon que tinha um casaco em promoção de 300 por 150 dólares! Só tem 65% duvet, mas a Marie -da minha homestay- me jurou que segura o frio). Agora só faltam as botas!
* Quem chega ao Canadá no verão, deve aproveitar pra comprar os casacos Canada Goose enquanto estão em oferta. No final do ano os preços aumentam, e aí só quem tem muita grana mesmo pra pagar U$500 dólares no "brinquedo" (não que não compense no fim das contas...mas que dói, dói!)
E agora, no quinto dia, vou conhecer a Catedral de Notre Dame com a Desiree. Depois eu conto mais!
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