Fui ao banco em Vinhedo, interior de São Paulo. Trata-se de uma cidade pequena, com cerca de 100 mil habitantes. Estacionei. Na hora de ir embora, comecei a dar seta pra sair da vaga (na rua) e notei que nenhum carro me daria passagem, a menos que eu embicasse mais decisivamente.
Lembrei de um conselho do meu irmão: "quando dirigir em São Paulo, não dê seta pra trocar de faixa, cada seta dispara um míssel!" hahahhah
Mas, voltando... como estava sem pressa, resolvi contar quantos carros iriam passar fingindo que não me viam. Detalhe: era uma rua sem grande movimento (não havia trânsito e nem estava totalmente livre), ou seja, não faria muita diferença me deixar entrar! E eu estava embicada!
Quando estava perdendo a ilusão, finalmente, alguém parou. Ufa! Agradeci o motorista e pensei: "ainda tem gente civilizada e que se importa com o "outro" neste mundo, a sociedade não está perdida de vez!"
Por essas e outras, hoje é um dia de alegria, dia de uma outra contagem: um, dois, três, quatro, cinco, seis, SETE MESES DE FEDERAL! Essa fila cansa, mas anda. O que me tranquiliza é que sei que estou no caminho certo!
Ai, Dea, é de desanimar muito.
ResponderExcluirPassei por coisa parecida este fim de semana.
Fui dar passagem para um ônibus entrar numa Avenida movimentada aqui em JF e levei tanta buzinada na cabeça que fiquei atordoada. E ainda xingaram a minha Mãe. Sniff!
Povo estressado, sem paciência, sem senso de gentileza,em pleno sábado à tarde.
Dia 09 é minha vez de completar 7 lindos meses de Processo Federal!
Cadê nosso visto?! rs!
Abraços
Oi Nilian! Pensei que motoristas mal-educados fossem "privilégio" de São Paulo, mas pelo visto o brasileiro já incorporou isso. Na falta de guerras, armam-se com seus carros de plástico, cuidam deles como se fossem armaduras e partem para o campo de batalha. Não escolhem oponente. Serve qualquer um. E sobra pra todo mundo. Triste espetáculo para um sábado à tarde, eu sei, e lamento por você. Mas é bom ter na lembrança pra quando o coração titubear. ;)
ExcluirNosso visto está aqui, em alguma dimensão paralela do presente, e logo logo a gente toma consciência dele... Não é bom pensar assim??? Me ocorreu agora. Tô até vendo o Einstein mostrando a língua pra mim! Vai ver a espera desse processo deu pra causar alucinação... rsrs
Beijão!
Comigo acontece igualzinho... moro em Itu (um ovo) e toda vez que tenho que sair da vaga no meu trabalho é a mesma coisa. Chego a estar com o carro quase no meio da rua mas fazem questão de passar voando tirando a maior fina. Afinal porque esperar 30 segundos para um carro sair da vaga se você pode esperar um minuto no sinal logo em frente?
ResponderExcluirÉ por essas e outras que ultimamente eu ando cada vez mais a pé.
Ah, e antes que eu me esqueça preciso te dizer que descobri seu blog há pouco tempo, mas já li ele todinho. Muitas vezes parecia que você tinha lido meus pensamentos e os transformado em texto. Alias, você escreve muito bem. Parabéns!
E boa sorte no processo. Anda devagar mas anda.
Abs
Camila
Oi Ca, exatamente isso: "porque esperar 30 segundos para um carro sair da vaga se você pode esperar um minuto no sinal logo em frente?". Ninguém quer ceder nada para o outro. Nem 30 segundos. Aí a vida vem e coloca um engarrafamento de 2 horas pro sujeito aprender a ter paciência. Mas pelo visto, ele não aprende...rsrs
ExcluirEu também prefiro fazer tudo a pé, mas aqui em Vinhedo não dá... não vejo a hora de chegar em Montreal!!! Boa sorte pra nós!
Ah! E eu também adoro seus posts, acabei de deixar recadinho nele! Sintonia, sintonia...
Beijão!
Oiê!
ResponderExcluirEu ri demais com o "cada seta dispara um míssel!" Ri para não chorar, claro... Aqui em Brasília é assim também: se você dá indícios de que quer mudar de faixa, já era, os carros que vêm atrás vão acelerar só para não te deixarem passar, sendo que na prática não faz diferença nenhuma... Um carro a mais, um carro a menos...
Os motoristas brasilienses são muito egoístas e agressivos, minha teoria é deq ue é assim porque não existe transporte público na cidade, uma pessoa só pode ter liberdade de locomoção dirigindo, então já dá para imaginar como está o nosso trânsito... A média de carros em Brasília é de 1 carro por pessoa... Lá em casa somos só Rafael e eu e só não temos 2 carros por causa dessa história do Canadá... =/
Mas enfim, continuamos na contagem, e vamos esperar que os meses passem mais rápido que os carros...
Beijos,
Lidia.
Oi Lídia!
ExcluirPuxa, pensei que Brasília tivesse o melhor trânsito do Brasil! Todo mundo fala por aqui que os brasilienses são os que mais respeitam os pedestres... (vai ver que não respeitam tanto assim os outros motoristas, né?!) =D
Eu já desisti de tentar encontrar justificativa, sabia? É falta de cidadania mesmo. Parece que virou terra de ninguém. Cada um por si. Pelo menos aqui em SP é assim. Até no interior!
E eu também estou longe de ser perfeita. É bem capaz de eu ficar estressadinha no trânsito em Quebec. Ter de perder o farol porque o pedestre distraído ficou enrolando e nem me viu ali esperando... Mas sei que quando o nível de ansiedade baixar, o senso de coletividade vai falar mais alto.
Falo por experiência própria. Mas a pé. Quando cheguei em Vancouver atravessava fora da faixa e não respeitava os semáforos. Depois de uns 6 meses, do nada, dei risada de mim mesma quando fiquei parada até o farol abrir, e eram umas 11 horas da noite, sem nenhuma alma na rua! Ri, não por me achar idiota, mas por constatar que a gente pode, sim, interiorizar as normas da sociedade que nos acolhe. Estamos neuróticos, mas a ordem da coletividade nos cura por dentro. E não iam ser 30 segundos de espera, na chuva, que iriam me deixar doente.
Por enquanto só nos resta esperar, mesmo que até lá, a gente precise buzinar um pouquinho na orelha da Maura, pra ver se vai mais depressa... ;)
Beijão!
Legal teu otimismo e também tenho certeza que a estás no caminho certo!
ResponderExcluirObrigada pela visita lá no blog!
Oi Clarice! Obrigada por me adicionar à sua lista! Você já estava aqui na minha ;)
ExcluirE também vou colocar a sua versão do keep calm, adorei!!!
Beijão!