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terça-feira, 15 de abril de 2014

Assurance Sociale e Assurance Maladie

Sei que muita gente já escreveu sobre isso, mas de repente o que aconteceu comigo serve pra alguém, né?! Então vamos lá...

Numéro d'Assurance Sociale (NAS)
Fiz o landing dia 30 de madrugada, então dia 31 era dia de dar entrada nos principais documentos do recém-chegado, certo? Acordei cedo, comprei logo um passe diário (pra não ficar gastando com idas e voltas) e fui fazer o meu NAS lá em Verdun. Por quê? Porque eu amo Verdun (tenho um carinho especial por aquele lugar) e porque é na frente do metrô (como contei antes, tinha nevado pacas no domingo).

Cheguei de manhã, quase não tinha fila, só 4 pessoas na minha frente. Tava com tudo em mãos, bonitinho, na pastinha. O que poderia dar errado? Bem, acreditem ou não, estavam sem sistema. E pior, disseram que não tinha previsão, pra eu voltar amanhã. Lá se foram 10 dólares do passe, pensei!

Mas aí lembrei que se fizesse a Assurance Maladie no dia 31/03, ela começaria a valer em junho. Se deixasse para 01/04, só em julho *frozendica: contam 3 meses a partir do mês da inscrição, não importa o dia. Não tive dúvidas, fui direto pra lá!

Segura o NAS, por enquanto...



Assurance Maladie
Cheguei na Place des Arts na hora do almoço, a neve já estava derretendo, o povo escorregando, mas consegui encontrar o prédio sem muito sufoco (tô traumatizada depois do tombão que levei no inverno passado). Acontece que essa hora fica lotado! Tinha várias cabines e, mesmo assim, esperei uns 40 minutos!!!

Quando finalmente me atenderam, fui tirando os documentos da pastinha e paguei de desinformada. Não li que a conta do banco não valia como comprovante de endereço (só água, luz, internet/tv/telefone ou aluguel). Moral da história, tive de voltar pra casa pra buscar.

Segura essa Assurance, por enquanto... :/



Numéro d'Assurance Sociale (NAS)
Volta um pouquinho: durante a espera da assurance maladie, aproveitei pra avisar uma outra passarinha que o NAS estava sem sistema e, adivinhem, ela estava no escritório de downtown e o sistema estava lento mas tinha voltado a funcionar! Almocei correndo, peguei as contas da Bell e corri pra lá pra ver se a encontrava.

Nada. Além dela já ter ido embora, tive de esperar cerca de 1 hora pra ser atendida. Mas desta vez deu certo...

Só fiquei com uma dúvida. *frozencoment: você sabia que as mulheres tiram o nome de casada quando emigram para o Canadá? Bom, eu ainda sou solteira, mas comecei a me atrapalhar quando ela pediu o nome da minha mãe. Eu explico:

O nome dela é composto: Nome + Nome de Santo + Sobrenome do pai dela + Sobrenome do meu pai. E ficou só assim: Nome + Nome que passou pra mim.

E o do meu pai é: Nome + Sobrenome + Junior. E ficou só assim: Nome + Nome que passou pra mim.

Em resumo, acho que ficou tudo errado. Minha mãe ficou sem nome do meio e sem o sobrenome do meu pai, e meu pai ficou com o nome do meu avô. Que trapalheira, se alguém se devo arrumar isso, por favor me ajude.

Eu não tive muito tempo pra pensar. Em 30 minutos ia fechar a Assurance Maladie e eu ia perder um mês de plano...




Assurance Maladie
Como os dois escritórios de downtown (NAS e Assurance) ficam perto da Place des Artes, fui correndo de um pro outro (essa hora já tinham aberto caminho nas calçadas... eles são rápidos por aqui!).

Cheguei com a minha conta da Bell, cansada, pouco antes de fechar, mas deu tempo. O problema é que o nome errado desta vez, era o meu. A Bell só tinha um dos meus sobrenomes e ele ainda estava com erro de digitação. Resumindo: a senhorinha disse que não poderia aceitar.

Outra opção era o aluguel, mas expliquei que não estava no meu nome e ela sugeriu que eu preenchesse um formulário (uma declaração do proprietário e do locatário dizendo que eu morava naquele endereço) e levasse todo mundo para assinar na frente de uma das pessoas de uma lista de escritórios que ela me deu. Imagina o trampo??? Ou seja, junho não ia rolar, talvez nem julho...

Mas como eu sou brasileira, levei por garantia uma conta anterior, da videotron, que tinha meu nome completo. Era de 6 meses atrás e achei que ela não fosse aceitar, mas chega de emoção né?! Ela aceitou. 

Depois de toda essa correria, ainda tive que tirar foto pra carteirinha. Imagina? Na hora, ali, sem choro nem vela. Não quero nem ver a cara que saí!!! rsrs (e pensar que vai ser meu documento principal aqui no Canadá!). 


By the way, sabe a carteirinha do NAS? Deixou de ser carteirinha pra ser apenas um papel no dia 30. Um diazinho antes do meu pedido! Agora só falta a habilitação para dirigir, mas este é assunto pra outro post.

E você, leitor atento, sabe que ainda tenho uma surpresa pra contar... ne t'inquiète pas! ;)

À demain!


***


Pra anotar:


Assurance Maladie:

Docs: 
  • Passaporte com o visto de imigrante
  • Confirmação de Residência Permanente (cartinha que você recebe com o visto)
  • Comprovante de endereço: contrato de aluguel ou contas residenciais com o nome completo 
  • CSQ
  • $ pra foto
  • NAS: opcional
Endereço em Montreal: 
  • 425 Boulevard de Maisonneuve Ouest #300


Assurance Sociale:

Docs: 
  • Passaporte com o visto de imigrante
  • Confirmação de Residência Permanente (cartinha que você recebe com o visto)
  • Comprovante de endereço: contrato de aluguel ou contas residenciais com o nome completo.
Endereço em Montreal:
  • 200, boulevard René-Lévesque Ouest no Complexo Guy-Favreau

***

Outras informações: 
  • a assurance maladie também é conhecida como carte soleil;
  • quem trabalha aqui e tem um plano de saúde privado, não pode se inscrever no sistema público;
  • quem se inscreve, assina um documento dizendo que pretende ficar aqui por um ano no mínimo;
  • quem vai sair da província por um período, precisa avisar o RAMQ.



domingo, 13 de abril de 2014

Primeiros Passos

Desta vez, quem demorou fui eu...

Tanta coisa pra fazer, papelada pra ir atrás, comemoração atrasada etc, que o frozenbird acabou ficando de lado. Mas eu não pretendo sumir, não, só ando batendo as asinhas por aí... :P

Pra marcar a mudança, mudei um pouco a carinha do blog, espero que tenham gostado!

Agora vamos às novidades:

O landing
Quem me acompanha sabe que já estou aqui no Canadá há quase um ano, revezando vistos de turismo e estudos. Assim, quando meu passaporte chegou, fiz o landing por terra mesmo, na fronteira Lacolle, sentido NY. 

Como essa fronteira é tumultuada e recebi meu passaporte num sábado, resolvi deixar para ir a noitão... tem gente que não gosta de pegar estrada depois da meia-noite, mas eu adoro! *frozendica: dá pra checar o movimento das fronteiras aqui.

Alugamos um carro e como tínhamos um aniversário em Old Port, pensamos em ir à festa, jantar e seguir viagem. Não queria ficar nos EUA porque teria que gastar com hotel e porque não iria aguentar ficar um fds inteirinho pensando em como seria o landing! :P

O problema é que não deu muito certo, ou melhor, o problema é que a gente estava certo: carro é realmente um estorvo aqui em Montreal. Ficamos 40 minutos procurando uma vaga e não encontramos. Afe. E pensar que tinha metrô ali pertinho. 

Acabou que eu fiquei no aniversário e o Ce foi me buscar depois. Saímos quase meia-noite muito felizes da vida pra pegar a estrada e eis que, lá pelas tantas, perdemos a saída pra entrada principal. Ai gente, emoção demais pra acompanhar um mapa. Já tava chorando antes de chegar aos EUA.

Pegamos uma estrada paralela, escura, sem uma alma, só pra eu pagar a língua que não tinha perigo nenhum viajar aquela hora da noite... mas bem, ainda tínhamos o gps do celular, então não tinha muito o que dar errado, era só torcer pra não furar o pneu, não cruzar com um animal silvestre etc, esses "perigos"de um país como o Canadá. =)

Na metade do caminho, mais uma surpresa: o Ce lembrou que não havíamos comprado dólar americano. Oi? Pra quê dólar americano? Esqueci completamente que quando a gente entra nos EUA por terra precisa pagar por aquele vistinho de papel que eles grampeiam no nosso passaporte... bateu um pânico. E se não aceitassem dinheiro canadense?! 

Claro que ia ser com emoção né, gente, é o meu processo, vcs se lembram?! 

Chegamos quase 1:30 da manhã. Não havíamos conseguido trocar o dinheiro e nosso plano era, na pior das hipóteses, pedir pra entrar no duty free pra trocar. Nem sei se dá pra fazer isso, mas foi a única coisa que passou pela nossa cabeça.

Não havia uma alma na fronteira e adivinhem? Começou a nevar. Ah, Canadá, que presente lindo de casamento... mas ainda tinha o purgatório, quer dizer, o oficial dos EUA. Separei os passaportes, dei os dois novos juntos (meu e do Cé) e o meu antigo aberto no visto dos EUA (pra quem não sabe, o visto deles vale 10 anos e nosso passaporte 5). Pra quê? O rabugento já reclamou: Next time you come to the border have your documents ready! Mas eles tavam prontos!!! Só queria ajudar!!! Nem olhou pra minha cara. Perguntou onde pretendíamos ir, se o carro era alugado e tals. Eu disse: We just wanna go back to Canada for immigration. Falei com uma satisfação enorme e com um sorriso interno, do tipo "não precisa fazer o favor de me deixar entrar". O melhor é que ele escreveu que eu recusei a entrada e não me cobrou nada. Ufa!

Então ele nos mandou fazer a volta e cá estávamos na fronteira canadense, sendo tratados com educação e respeito. Estacionamos e o landing foi muuuito tranquilo, não tinha uma alma, só a gente mesmo na salinha. Preenchemos uns papéis, mostrei os documentos do consulado, o CSQ e um extrato da conta, mas ele nem quis olhar. Passou tudo pra uma moça que colocou os dados no computador, falou meus direitos e me deu parabéns. 

Pode dizer que eu vivo em outro mundo, mas tava esperando um sorriso e um "seja bem-vinda" em alto e bom tom. Sei lá, tanta gente ouviu isso, mas também quem manda chegar na fronteira de madrugada, né?! 

Depois fomos preencher os documentos sobre os bens. Achei que seria uma declaração tipo um mini imposto de renda, mas não. Era pra listar a bagagem desacompanhada (se tivéssemos) e os imóveis talvez, mas eu não tinha nada disso. C'est tout. C'est fini.

Olhei pra trás e me deu uma vontade tremenda de tirar fotinhos com as bandeironas do Canadá que ficam ali, mas tava todo mundo tão sério que nem tive coragem de perguntar se podia. Fora que eu tava com uma camiseta do Canadiens por baixo (pra brincar com o oficial velhinho e simpático que eu pensei que fosse me receber), mas nada de velhinho, nada de hockey, hora de voltar pra casa que a neve tava apertando!

Muito subversiva que sou, tirei uma fotinho lá fora, bem rapidinho, só pra guardar de recordação! hehe


A volta não foi fácil, não dava pra enxergar um palmo na frente do nariz, a neve vinha com tudo no vidro *frozencomment: sabia que o limpador de parabrisa não adianta nada? A neve vem seca, muito legal! Alegrias a parte, tivemos que reduzir muito a velocidade e chegamos em casa umas 3h30. Achei que ia abrir um champagne nesse dia, mas apaguei de sono!

As comemorações vieram depois. E o NAS. E a assurance maladie. E uma novidade. Amanhã conto mais...

Gros Bisous mes amis!
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